Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Ela estabelece critérios para
classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de
acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e
ecológicas de cada animal ou grupo animal.
No século XVII surge o conceito de
espécie introduzido pelo naturalista John Ray (considerado o pai da história natural inglesa). No
século seguinte, os seres vivos começam a ser classificados de acordo com sua
história evolutiva e desenvolvimento embriológico até que, em 1735, Carl Von Linné (1707-1778), mais
conhecido como Lineu, publica Systema Naturae onde trata dos reinos animal,
vegetal e mineral agrupando os seres
vivos (neste caso as plantas) em classes,
ordens, gêneros e espécies. A partir daí passou-se a usar o sistema binominal criado por Lineu para
classificar as diferentes espécies de plantas adotando-se um primeiro nome em
latim para indicar o gênero e um segundo nome
indicando a espécie.
A obra de Lineu foi mais tarde
republicada em dois volumes (1758-1759)
nos quais sua classificação foi aprimorada e os seres vivos classificados de
acordo com suas características morfofisiológicas, genéticas e evolutivas em
três grandes reinos: animal, vegetal e mineral. A classificação binominal foi
consolidada e vários dos termos utilizados por Lineu, como flora, fauna e etc.,
são usados até hoje, motivos pelos quais Lineu é considerado o pai da
taxonomia moderna.
A
taxonomia se divide em dois grandes ramos. Um deles, a sistemática, trabalha
com a divisão dos animais em grupos de acordos com suas semelhanças; e a
nomenclatura, trabalha na definição de normas universais para a classificação
dos seres vivos com o intuito de facilitar o estudo das espécies ao utilizar
uma denominação universal.
Os
seres vivos são classificados da seguinte maneira: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.
A espécie é a unidade taxionômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem
as mesmas características cromossômicas (n.º de cromossomos), anatomia semelhante,
fisiologia e desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um
critério fundamental: o cruzamento de animais da mesma espécie deve originar um
novo animal fértil. O exemplo mais comum para se ilustrar o que é uma espécie é
o cruzamento entre um jumento e uma égua. Ambos, aparentemente preenchem todas
as características acima e poderiam ser da mesma espécie, entretanto de seu
cruzamento nasce o burro que um animal infértil e, portanto, o jumento e a égua
não podem ser considerados como sendo da mesma espécie.
Algumas
espécies de plantas conseguem cruzar com plantas de espécies diferentes e
originar um descendente fértil, entretanto, elas não são consideradas da mesma
espécie por isso.
Espécies
que apresentam algumas características comuns são agrupadas em gêneros e os
gêneros, por sua vez são agrupados em famílias. Várias famílias formam uma
ordem. Claro que conforme se avança na classificação das espécies em sentido
crescente (espécie à gênero à família…) a diversidade vai aumentando e as
diferenças entre os seres também.
Várias ordens
de animais com características predominantes semelhantes podem ser agrupados em
classes. Um exemplo é a classe dos insetos que agrupa animais como as abelhas,
as baratas e as moscas, todas de espécies diferentes. As classes, por sua vez,
fazem parte dos filos e os filos, são agrupados em reinos que são a
classificação mais genérica dos seres vivos.
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